Claro que contei sempre com a ajuda imprescindível e fundamental da minha cozinheira particular, a minha mãe. A ela competia recolher toda a informação dos alimentos muito bons que eu tinha de consumir para que os meus valores tivessem sempre em alta para que nunca deixasse um tratamento para trás. Era uma corrida contra o tempo!
Passei horas na Internet a recolher informação sobre os melhores alimentos adequados ao meu caso clínico.
Eu sabia que alimentando-me correctamente iria sentir-me melhor e mais forte, além de manter ou recuperar o meu peso, iria também tolerar melhor os tratamentos e os efeitos secundários.
A minha alimentação tinha de ser de acordo com os efeitos secundários da quimioterapia, ou seja, nas alturas que andava mais enjoada e com alteração de paladar ou odor, tinha de comer mais vezes ao dia, não ingerir líquidos durante as refeições, ficar longe da cozinha durante o preparo das refeições devido aos odores da comida, as refeições tinham de ser ingeridas em temperatura fria ou gelada ou à temperatura ambiente. Quando andava com diarreia, tinha de beber muitos, muitos líquidos, comer muita gelatina e comer caldo de arroz bem cozido com cenoura. Nesta altura não podia comer alimentos laxativos como verduras e frutas. Já quando tinha prisão de ventre, tinha de beber muitos líquidos e ingerir alimentos ricos em fibras. Quando andava com a boca inflamada (que era quase sempre) a comida tinha de ser pastosa.
Começava o dia com a minha mãe em stress a acordar-me porque tinha de comer e tomar a medicação. Sumo de fruta com beterraba (porque tinha bastante ferro) e uma torrada ou pão com manteiga. No início o sumo era super, super espesso e custava-me imenso bebe-lo, mas depois a minha mãe arranjou uma máquina própria de fazer sumos e foi a minha salvação! Almoço (feito pelo meu pai) e jantar eram essencialmente ricos em ferro: fígado (que eu adoro!), brócolos (que eu adoro!), espinafres cozidos (muitos!), alho francês (tanto!), agrião, feijão verde, lentilhas… etc. Tudo o que era rico em ferro e vitaminas e me ajudava estava lá! A Rosemary (minha mãe) não brincava em serviço e ia até ao fim do mundo para me arranjar e fazer o melhor! E resultou! Parabéns mãe!!! :D
Aprendi a gostar de cavala (peixe - que bom) e a adorar salmão. Comecei a privilegiar o peixe na minha alimentação e deixei de comer carne de porco. Adoptei a carne de vaca, frango e peru e houve uma altura que comia carne de cavalo, mas não gostei muito por considerar uma carne muito rija. Mas fazia muito bem… e eu comia, claro!
A minha alimentação era essencialmente cozidos e grelhados. Fritos raríssimos ou nenhuns e bebia essencialmente água. Nunca mais bebi refrigerantes e muito sinceramente não sinto falta.
Iogurtes de aloé vera com cereais integrais e muesli… Comia e (como) fruta! Nesta altura, a minha médica mandava-me comer chocolates e nem sempre me apetecia muito porque ficava enjoada.
"Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize o seu desejo" Paulo Coelho
É verdade, começaste a alimentar-te MUITO bem e com a ajuda imprescindível dos papás (q sempre foram, e são, um ESPETÁCULO!) Tanto no trabalho como em casa! E eu andava sempre "em cima" de ti para ver se realmente comias...ui!! Sei q sou chata :s Ddesculpa o abuso (às vezes)...mas sabia q era mt importante alimentares-te em condições, e continua a ser, claro.
ResponderEliminarAqui está um bom exemplo a seguir: comer BEM! Pode parecer tão banal, por vezes, e é um aspecto mesmo mt importante para a saúde de todos.
Adoro-te, adoro-te e...ADORO-TE!!
Até jáááááá :)
Beijo :)
Sara Bento.