A nossa televisão

(imagem tirada da net)

Fascinada pela televisão, séries e programas televisivos americanos faz-me pensar e fazer comparações com a nossa "televisãozinha portuguesinha".

Com quase meio ano de baixa médica, obrigada a ver-me num hospital ou em casa em repouso sem forças para agarrar num livro ou numa revista fui muitas vezes forçada a recorrer à televisão. No hospital só tínhamos e temos acesso aos quatro canais nacionais e que mau que era... Durante a manhã os programas dos "coitadinhos", depois o jornal da tarde, as novelas brasileiras que até safavam a coisa (quando se consegui perceber alguma coisa da história), no resto da tarde prolongavam-se os programas dos "tristes", novelas, jornal da noite, novelas e alguns filmes da época da minha avó que passam repetidamente na televisão a horas indecentes com intervalos prolongadíssimos a terminarem tardíssimo... (eu nunca conseguia chegar ao final de um filme fosse ele qual fosse. O sono vencia sempre!)

Quando vim para casa e tive acesso à tv cabo o meu mundo "iluminou-se". Programas como a "Tyra Show", "Oprah", "Dr. Oz Show" trouxeram até mim a felicidade, a força, o alento que muitas vezes precisei e não soube onde nem como encontrar. Faziam-me rir, ter boa disposição, esquecer as dores!

A televisão portuguesa, os programas da manhã e da tarde são o retrato do nosso país! Abordam-se temas chocantes, macabros, pesados, tristes que em nada ajudam as pessoas que estão em casa doentes e/ou reformados. Copiamos tantas coisas porque não aprender a fazer programas interessantes, alegres, divertidos e didácticos. Séries com conteúdos e verdadeiros talentos que os temos no nosso país e andam por aí perdidos e desvalorizados.

Sim, detesto a televisão portuguesa, os programas portugueses! Não aprendo nada com eles! Todas as pessoas têm problemas de diversas ordens e compete a cada um de nós resolve-los da melhor forma. Eu estou muito cansada do egoísmo e do egocentrismo das pessoas. Passam a vida a queixar-se e a lamentarem-se do que têm, do que não têm e do que gostariam de ter. E a nossa sociedade valoriza este tipo de gente e de comportamentos.

Gostaria de ter o poder de mudar mentes e mentalidades! E com isto quero dizer que não sou melhor que ninguém mas luto, luto todos os dias para que cada dia seja melhor e pareça melhor aos olhos dos outros.