Ontem... visista

(imagem da net)

Ontem tive a notícia de que uma amiga estava internada no hospital de Santo André em Leiria e decidi de imediato ir visitá-la apesar de saber que ela não queria receber visitas. É algo que não faria se considera-se que a minha visita a ia prejudicar ou... deixá-la menos bem e arrisquei. Se ela me pedisse para sair, tinha saído sem mágoa ou qualquer tipo de ressentimento.

Saí do trabalho, fui a casa lanchar e mudar de roupa (por-me mais confortável) e pedi ao meu anjinho para me levar ao hospital visto que o parque do mesmo está sempre cheio e agora paga-se! Que absurdo! Fui equipada com um saco de revistas, uma sopa de letras para entreter e uns rebuçados para chupar! Lol.

Sabia que ela não estava bem, estava cansada, saturada e farta de ali estar. Que queria ir para casa junto da família, do filho. Que está ansiosa pelo resultado de um exame que tarda em chegar e que não imagina qual será o desfecho deste episódio.

Enchi-me de coragem e fui ter com uma amiga que precisava de conforto e acima de tudo de animação. Quando cheguei a surpresa foi muita e durante uma hora não parámos de falar, de rir, raramente mencionando o motivo que a fazia estar ali. Durante uma hora foi o reencontro de duas amigas que uma doença afastou...

Fiquei a saber pela própria que não me queria ver ali porque pensava que eu (como tantas outras pessoas) ia para ali triste, cabisbaixa, sem saber o que dizer, apreensiva... Nada disso! É verdade que as pessoas muitas vezes caem no ridículo de fazerem visitas despropositadas, com caras de enterro e olhar como quem olha para um defunto com um diálogo anormal e menos próprio para quem está numa cama de hospital. O local por si só, já é mau, horrível! O motivo das visitas no meu ponto de vista são para levar algo novo, algo fresco, algo que o doente realmente precise e não de lamurias, de desabafos maldosos, de olhares de pena e de futurismos negativos!