quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Verdadeiros gestos


Andava que nem podia! Tantas alterações que surgiram de repente na minha vida sem ninguém me perguntar nada! Se eu queria, se eu estava preparada! O meu trabalho, a minha vida, a minha casa, … tudo ficou para trás.

Tantas mudanças sem ter tempo para as programar com tempo e mais importante, interiorizá-las, aceitá-las, tentar percebe-las. Estava a passar um tsunami na minha vida e eu não sabia o que fazer. Sentia-me triste, mas não queria e não podia demonstrá-lo. Eu ia conseguir passar por tudo sem deixar mazelas a mim, aos meus pais e às pessoas que me eram mais próximas.

O meu namoro ia de mal a pior… O trabalho estava a “meio gás”… A minha casa abandonada… A alimentação e a forma de vida totalmente alteradas… Até o sono! As viagens, as consultas, os tratamentos, os exames, os efeitos secundários deixavam-me de rastos, triste, nervosa e angustiada… A tristeza, angústia e revolta dos meus pais… A reacção da minha restante família, dos amigos, colegas e conhecidos… O meu novo “eu”… Tanta coisa em tão pouco tempo.

Um grupo de amigos reuniu-se e organizaram-me um jantar de convívio no dia 22 de Março, Sábado. Fiquei imensamente feliz e contente com tamanho gesto e diverti-me imenso. Recebi um peluche, uma tartaruga a quem baptizei de “Felicidade” (era tudo o que eu mais queria era ser feliz!). Viva os anos que viver nunca me irei esquecer desse jantar. Agradeço de coração à minha estrelinha que o organizou e agradeço a todos os que fizeram questão de estarem presentes. O meu muito obrigada! :D

Lembro-me que estava muito frio e muito vento e o meu pai passou-se com a ideia de eu sair de casa (preocupação de pai!). Nesta altura era impensável ficar doente com gripe, ganhar febre ou qualquer coisa parecida! Acredito que a minha mãe concordasse com o meu pai mas ela sabia o quanto era importante para mim ir e estar presente neste jantar. Sabia os riscos e as consequências que podia correr, mas arrisquei e fui! Levei tanta (mas tanta) roupa vestida que tive imenso calor durante o jantar. O pior é que como a parte de cima era um vestido não podia tirar qualquer peça de roupa sem ter de me despir toda. Lol

Estávamos na parte das sobremesas quando vi a minha mãe a entrar no restaurante. Não aguentou e teve de me ir ver, confirmar como eu estava…

“Amar é sentir na felicidade do outro a própria felicidade”. Gottfried Wilhelm von Leibnitz

4 comentários:

  1. Como me lembro deste jantar. Como estavas feliz mas muito nervosa porque não sabias que levar vestido.E está claro a mamaezinha tinha que ir passar a vesturia,para certificar que tudo estava bem.E estavas linda,e muito feliz.Eu senti isso.

    ROSA RAMOS

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  2. Foi mt bom este jantar :) Fez-te bem a ti e tb a nós, teus amigos. Adorámos (e adoramos!) ver-te feliz!! N conseguias disfarçar :)
    Gostei TAAANTO! Lembro-me da preocupação dos teus pais, especialmente do teu pai...tinha a sua razão mas estas pequenas coisas davam-te ainda mais VIDA, força e coragem para ultrapassar tudo.

    Mts bjnhos estrelnha da minha vida!!

    Sara Bento.

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  3. Pequenos ou grandes gestos, não se medem mas sim sentem-se, e sem dúvida que esse jantar (do qual nem se quer fazia parte da tua vida), eu queria marcar presença como AMIGO que sou em primeiro lugar.

    Amo-te

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