Be or not to be

(imagem tirada algures da net)

Não tenho dado muita atenção ao meu blog e não é por não me encontrar bem de saúde ou algo menos bom. Confesso que me sinto um pouco desmotivada.

Devagarinho vou tendo o feedback de algumas pessoas (mais do que eu estava à espera) que vêm aqui ler as minhas palavras. Sei (porque mo dizem) e tenho consciência que o meu blog é triste, melancólico e põe muita gente a chorar. Escrevo principalmente para mim e para aqueles que como eu passaram, passam ou irão passar por momentos menos bons e difíceis. Não é direccionado só para pessoas com cancro, até porque há muitas situações nas nossas vidas bem piores que as doenças que infelizmente (ainda) não têm cura e deixam marcas.

Sei que muitas das pessoas que seguem o meu blog ficam sem palavras e não sabem o que escrever perante os meus "testemunhos".

Respeito porque o mesmo acontece com pessoas que me conhecem e me encontram na rua. Umas abordam-me, cumprimentam-me, perguntam-me como estou e agem como se nada se tivesse passado (o que eu adoro e agradeço), outras fazem-me mil e quinhentas perguntas sobre todo o processo (o que também gosto porque é da maneira que não inventam histórias e fazem filmes), outras ficam muito atrapalhadas e só dizem "besteiras" sem sentido e ainda há as outras que me ignoram por completo (o que também gosto muito).

É assim... Se antes fazia questão de cumprimentar e falar com toda a "minha" gente conhecida, agora é diferente. Só falo e cumprimento quem me quer cumprimentar e falar. Não falto com a educação a ninguém mas não "imponho" a minha presença a ninguém.